Nos meses de agosto, setembro e outubro de 2018, o projeto Oxerê ocupará o Centro Histórico de Salvador com atividades formativas, socioculturais e artísticas, com o intuito de promover um exercício de construção de narrativas sobre as experiências de violação de direitos sofridas por jovens em condição de vulnerabilidade social. A partir de algumas linguagens da cultura Hip-Hop (Graffiti, Break e Rap), serão ministradas oficinas que permitirão compreender como os participantes representam suas experiências urbanas e, como produto final das oficinas, serão elaboradas críticas desenvolvidas através das linguagens artísticas a serem encaminhadas ao Poder Público. Serão selecionados 25 jovens, dentre meninos e meninas, na faixa etária dos 16 aos 22 anos para participarem das oficinas.
Os anseios do projeto Oxerê de sanar as dificuldades de garantir acesso e proteção a adolescentes que recorrem às instâncias jurídicas para realizarem denúncias de situação de violação de direitos nascem da junção de duas palavras iorubás: “Oxê”, que significa o machado de Xangó e “Erê”, que representa o espírito brincante, provocador, juvenil. A partir destas duas características inspiradoras é que se busca a arte-educação como ferramenta de enfrentamento de violências sofridas, especialmente, por jovens negras e negros soteropolitanos.
Assim, imerso na cultura hip-hop, o projeto Oxerê busca unir reflexão, intervenções artísticas e crítica, chamando atenção para o fato de que os lugares públicos são locais de interação e convivência de práticas sociais e culturais de jovens, cujas direitos encontram-se, em tese, assegurados pelo princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ao final do projeto, em novembro deste ano, será realizada uma exposição no formato de audiência pública que terá o apoio da Defensoria Pública do Estado da Bahia e contará com representantes de instituições de interesse pela promoção dos direitos da adolescência. Na ocasião, os objetos artísticos construídos nas oficinas serão apresentados e espera-se, como resultado, mobilizar o Poder Público para a revisão e adequação das estratégias de acolhimento de denúncias de violação de direitos, preservando a autoria e a identificação dos participantes, a partir das orientações do ECA.
Esta edição, aprovada no Ato Convocatório Setorial de Culturas Identitárias de 2016, tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
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