Neste post, finalizo o Giro pela Europa, conduzindo os internautas a conhecer as cidades de Reggio Emilia e Bolonha. Partimos pela manhã de Riva Del Garda com destino a Reggio Emilia. Do alto da serra ficou apenas as imagens da belíssima visão panorâmica do grande lago e do outro ”bastione” encravado nas montanhas que não tive condições de visitar.
No final da tarde chegamos a Reggio Emilia, chamada simplesmente Reggio. Só deu tempo de deixar as bagagens no hotel e seguir para o encontro agendado por Ricardo Faeti, responsável pelo Projeto Oficina de Rua da Arci Solitarietà di Reggione Emília Romagna, com Grazziano Del Rio e Castellano Giovanni, prefeito e assessor de Cultura, respectivamente, além de membros da Arci.
A Arci Solidariedade é uma organização voluntária, criada para aumentar e manter o legado do trabalho e empenho por um longo tempo no campo da solidariedade. As iniciativas e campanhas realizadas no voluntariado e solidariedade são definidas no próprio espaço da associação que participa da Coordenação Nacional de Solidariedade Arci. Os objetivos da associação são baseados nos princípios da solidariedade humana, que se destina a promover, na Itália e no exterior, iniciativas concretas com pessoas e povos, ética, política, guerra, religião ou de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem.
Devido a rápida passagem por Reggio, são mínimas as informações que tenho a respeito do local. A cidade está localizada na Via Emília, sendo rodeada pela província de Parma, no oeste e Mantua ao leste. Durante a caminhada que fiz pela região onde ficamos hospedados, observei que existem construções com vários estilos do segundo período romano. Através de informações fiquei sabendo que a cidade ainda tem alguns vestígios da época romana, como a Catedral e a Basílica de S. Próspero, um edifício de torres altas que domina a praça do mercado, aumentando sua beleza pitoresca; edifícios eclesiásticos, como o claustro beneditino e claustro do Domenico St. SS Girollando di Vitale, dentre outros.
A temperatura baixa e a chuva fina não atrapalharam minhas pretensões de aproveitar bem o tempo disponível pela manhã e continuar percorrendo ruas, fotografando monumentos, esculturas, manifestações de variados tipos (pichos, grafites, frases de protestos), estampadas em paredes residenciais, comerciais e prédios públicos.
Achei interessante o processo de veiculação das peças publicitárias (campanha eleitoral e produtos) nos “autdoors”, ou melhor, painéis espalhados ao longo dos dois sentidos da via. A estrutura é menor e estão instalados nas margens dos passeios com aproveitamento dos dois lados da estrutura, possibilitando a visão de quem circula a pé ou motorizado.
Ainda pela manhã seguimos para Bolonha, a fim de cumprir outra agenda oficial programada pela Arci Solidarietà, com autoridades municipais e representantes de instituições sociais bolonhesas.
Do estacionamento até a Pizza Del Nettuno, fizemos o percurso a pé, passando por ruas bem decoradas, edificações antigas e imponentes e também ligado nas intervenções. O número de prédios com arcadas, formando um belíssimo visual, desperta a atenção dos visitantes. As arcadas são consideradas uma das grandes atrações turísticas, já que Bolonha é a cidade que tem mais arcadas no mundo. Antes do compromisso, a Arci nos reservou uma surpresa: um guia de nacionalidade portuguesa para fazer um tour com o grupo pelo centro da cidade, o que nos facilitou muito a compreensão das informações. O ponto de encontro foi no centro que é ligado pela Piazza Maggiore e Piazza Del Nettuno. O tempo instável não atrapalhou o tour, mas prejudicou os registros fotográficos, impossibilitando-me de fazer imagens com melhor qualidade.
Bolonha está situada no norte do país entre os rios Reno e Savena, é a capital da região Emilia-Romana e conhecida por sua incrível beleza. Tem também uma das mais antigas universidades da Europa em funcionamento. No local onde estávamos – imediações das Piazzas Maggiore e Del Nettuno -, estão os principais complexos arquitetônicos: A Basilica di San Petronio em estilo gótico, uma das maiores da Itália medieval (sec. XIV-XV); Palazzo del Podestà (sec. XIII); Palazzo Comunale (sec. XIII), que exibe a Collezioni Comunali d’Arte e o museu dedicado a Giorgio Morandi; Palazzo dei Notai (sec. XIV); Palazzo d´AAccursio (XII); Palazzo dei Banchi (sec. XVI).
Na Fontana Del Nettuno (XVI), encontra-se a estátua do escultor flamengo Jean Boulogne “Il Giambologna” que embeleza a praça homônima, além de ser um cartão postal e símbolo da cidade. Construída por volta de 1500, na época foi considerada extremamente erótica pela igreja que mandava colocar calças de bronze na estátua e ainda cobria as ninfas que borrifam água pelas mamas.
Outro símbolo são as torres de Asinelli, construída entre 1109 e 1119, e de Garisenda, construída no século 12 com 48 m de altura e; o Palazzo di Re Enzo (sec. XIII).
Tivemos acesso a sala onde são realizadas aulas para estudantes de medicina. Destaque para a estátua de madeira de Hipócrates – médico grego, considerado o “pai da medicina”. Em suas mãos o famoso juramento que foi criado, a partir da sua inquestionável conduta ética.
Olá, JFP.
Apreciei muito seus posts sobre a Itália, pretendo ir para lá no meio deste ano. Pode me dar uma dica sobre Bolonha? Esse estacionamento onde vcs deixaram o carro, é muito longe da Piazza del Netuno? Mais importante: Fica fora da ZLT (Zona de Limitação de Tráfego)? Vamos ficar muito pouco tempo em Bolonha, e não estou conseguindo localizar estacionamento próximo do centro histórico (e fora da ZLT) para nos programarmos.
Agradeço qq dica que puder me passar.
Arlei…