Usando apenas os dedos, grãos vermelhos do urucum esmagados e transformados em tinta e uma parede como suporte, o jovem artista Tomaz Jae Hermida, criou desenhos parecidos com a arte rupestre. No bate-bola com Tomaz, 10, cursando o 6º ano do Ensino Fundamental no Colégio Antônio Vieira, ele contou qual é o seu estilo e de quem herdou a aptidão artística. Confira!
A Arte na Rua – Você gosta de desenhar?
Tomaz – Sim.
AAR – Desde quando?
Tomaz – A partir dos quatro anos de idade.
AAR – Que tipo de desenhos você fazia?
Tomaz – Eram uns desenhos malucos, depois comecei a melhorar os riscos.
AAR – Qual é o seu estilo preferido?
Tomaz – Gosto de fazer monstros, figuras humanas…
AAR – Você desenha histórias em quadrinhos também?
Tomaz – Sim. Fiz algumas em 2013 e depois em 2014. No ano passado não fiz nenhuma. Foram histórias bem divertidas, do tipo: Batman Loll…
AAR – Você herdou de alguém da sua família o gosto pelo desenho?
Tomaz – Acho que foi de meu pai. Ele é arquiteto.
AAR – O que motivou você a fazer as reproduções de arte rupestre?
Tomaz – Foi por causa de um filme infantil dos “Os Croods”, em que eles desenhavam na parede alguns bichinhos. Quando uma amiga chamada Iamani me mostrou o fruto do Urucum e disse o que fazia com ele, então relembrei dos “Os Croods” e comecei a desenhar os animais, figuras humanas muito parecidas com a arte rupestre.
AAR – Você já conhecia o urucum?
Tomaz – Não. Mas achei muito legal. A pintura ficou linda!
(Foto e video: byJFParanaguá. Denuncie abusos. Direitos reservados).
Arte rupestre é o termo que denomina as representações artísticas pré-históricas realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre no período Paleolítico Superior.
Urucu ou Urucum vem do tupi uru-ku que significa vermelho, é o fruto do urucuzeiro ou urucueiro (Bixa orellana), arvoreta nativa na América tropical. Seus frutos são cápsulas com espinhos maleáveis, que se tornam vermelhas (motivo do nome urucu) quando ficam maduras. É utilizado tradicionalmente pelos índios brasileiros, como fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usadas para os mais diversos fins.
gostei do desenho.
oi, gostei do desenho.
Muito estimulante os olhares dos artistas, um como executor de uma pintura que usa e remonta um primitivo e o outro como reconhecedor de manifestação artística despretendida. Melhor ainda a entrevista que abre outras perspectivas sobre o que e o porquê da arte, explorando com simples perguntas respostas singelas!! Lindo!!!! Parabéns!!!!!