Entrevista com o artista multimídia paulistano Quinho

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Quinho posa ao lado de uma de suas pinturas na Ladeira da Preguiça, Salvador

Marcos Borges da Fonseca Filho, 29, paulistano, é um artista muito versátil. Grafiteiro, tatuador, ilustrador digital, gosta de trabalhar com tudo que consegue manipular, manusear e se expressar. “O grafite é minha escola de vida, dele estudo de tudo”. Quinho, como é carinhosamente chamado pelos amigos concedeu essa entrevista ao blog A Arte na Rua, degustando com muito prazer o prato de “cozido de carne” feito por dona Diva, simpática proprietária de um dos restaurantes da Ladeira da Preguiça, Cidade Baixa, Salvador. Confira!

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Quinho finalizando um desenho, encomenda de um cliente

A Arte na Rua – Qual a origem do nome artístico Quinho?

Quinho – O nome artístico vem de Marquinhos.

A Arte na Rua – Quinho, fale-me um pouco sobre você?

Quinho – Cara! Eu sou paulistano, filho de baianos, meus pais são de Itapé (sul da Bahia), depois de Itabuna. Hoje meu pai reside em Itabuna e minha mãe na cidade de Ilhéus, e o retorno dela, me fez voltar à Bahia, pra conhecer melhor e morar.

AAR – Você nasceu em Itapé?

Quinho – Não. Nasci em 1985, na cidade de São Paulo. Bairro de São Mateus, Zona Leste.

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Vila Flávia, São Paulo

AAR – Então você é paulista?

Quinho – Sou paulistano da Grande São Paulo. Paulista é chamado quem nasce no interior.

AAR – Sua formação?

Quinho – Tenho curso superior como Tecnólogo em Publicidade. E o resto é tudo artístico. Experiências com materiais, técnicas, maneiras de me expressar diferente. Atualmente estou trabalhando com desenho que chamo de desenho multimídia. Porque, independente da mídia sai o desenho. Mas, trabalho mais com tatuagem e grafite, que virou uma ferramenta que, hoje, me dá um suporte até pra estudar e propor novas alternativas. Do grafite comecei na tatuagem, fazendo coisas com a mesma identidade. Ilustração digital também. Gosto de trabalhar com tudo que consigo manipular, manusear e expressar.

AAR – Então você pode ser identificado como grafiteiro, tatuador e designer?

Quinho. Sim. Mas não sou designer, não me aprofundei nisso. Claro que utilizo softwares de design para criação de marcas. Gosto mais da ilustração digital.

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Avenida 23 de Maio, São Paulo

AAR – Seu início na cena aconteceu como a maioria da galera? Ou seja, pichando? Você passou por essa fase?

Quinho – Sim. Iniciei aos 13 anos de idade. Isso é: meu contato com spray. Fiz alguma coisa com rolinho na mesma época. Os primeiros foram aos 13 anos. Entrei numa casa e roubei um spray (risos). Eu vi o spray do lado de dentro, pulei o portão, peguei o spray e pichei o muro do cara (risos). Hoje em dia evito pichar residências.

AAR – Qual a origem da sua aptidão artística?

Quinho. Tem origem das minhas mães! Eu fui criado pela minha tia-avó, carinhosamente chamada de Ninha. O nome é Unibalda, mas ela não gosta. É tia da minha mãe e foi quem me criou a maior parte da minha vida. Tenho 29 anos, sendo 21 morando com ela. Sempre convivi perto da minha mãe também. Ela trabalhava com artesanato e me dava materiais. Também foi manicure, vendia coisas em casa, pintava e bordava panos de pratos, além de fazer crochês. E isso me interessava muito. A gente trocava muitas ideias enquanto ela fazia as coisas. Eu só não gostava do meu castigo quando aprontava, brigava com a minha irmã, bagunçava na rua, pichava muro dos vizinhos: pintar panos de prato (risos). Ela passava isso como tarefa. Nessa época, ela percebeu o meu interesse e afinidade com as artes e materiais e passou a me dar orientações.

AAR – Nesse período você já observava os riscos na rua? 

Quinho – Naquela época, São Paulo tinha muitas letras. Meus primos e muitos amigos da minha rua já pichavam, e principalmente na escola, fazíamos muitas tags.

AAR – Você integrou algum grupo no início da pichação?

Quinho – Em São Paulo, os grupos, ou gangs são denominados de pixo. Primeiro entrei no pixo FALADOS (a convite de um amigo), depois participei do PAMP’S, em seguida fui pro IDULOS, que inclusive pixo até hoje. Eu também risco tags, que é a coisa da assinatura.

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Bairro da Ribeira, Salvdor

AAR – Por sinal, é muito difícil identificar sua tag. Algum motivo especial?

Quinho – Eu gosto de deixar ela meio símbolo. Acho que a leitura fácil da assinatura rouba um pouco da atenção e intuição na hora de fazer a leitura de alguns trabalhos. Acredito que o observador tem que fazer a leitura da imagem, e depois da assinatura. Então, se por ventura eu escrever Quinho, fica muito fácil do observador ler. E às vezes até ele se identifica com a pintura, mas não parece se interessar pela leitura da obra. Por isso assino QNH’ quase ilegível.

AAR – Quando você fez o primeiro grafite?

Quinho – Entre 15 e 16 anos. Criei o M.E.D.O. (Miséria, Escravidão Dor. e Ódio) com um amigo que era da pichação também. A ação no bairro era muito forte. Existiam os BIRUTAS, um grupo de grafiteiros e pichadores que faziam painéis excelentes pra época, com poucos materiais disponíveis em relação ao que temos hoje. Existia outro grupo chamado BOLA 8, que faziam 3D, pra nós era como mágica ver um grafite 3D, achava que nunca conseguiria fazer algo semelhante. Lembro-me de deslocar de ônibus, pra ver os grafites de perto, tentar entender como eles faziam aquilo com tinta. Nessa mesma época surgiu o grupo OPNI, formado por amigos de ruas próximas da minha. A gente trocava muita figurinha, conhecendo cada um e criando um laço muito forte de amizade. Como o meu amigo preferiu continuar na pichação, fiquei sozinho assinando MEDO. Daí, o OPNI me abraçou colocando-me nos grafites deles, interagindo. Por fim, acabei entrando para o grupo. E é legal, porque mantemos até hoje essa relação. Considero-me um anexo do grupo (risos).

AAR – Atualmente você integra alguma Crew?

Quinho – Sim, algumas! Vamos por ordem cronológica: Faço parte de uma crew chamada SOCIEDADE FANTOCHE, representada pela tesoura como símbolo, significa o despertar ao cortar as linhas imaginárias de manipulação dos sistemas que estamos inseridos. Essa é a minha principal referência e inspiração para os trabalhos, pichos, enfim, tudo que faço. Participo da crew FDP (Fora Dos Padrões ou Filho Da Puta), cujo sentido do nome é alterado dependendo do que o trabalho quer gritar. Represento o grafite na DRR (Defensores do Ritmo Rua, crew de hip-hop, muito representativa no cenário do rap nacional, criada por BBoys da Zona Leste de São Paulo à muito tempo. Integro desde 2013 as crews OTM (Operação Tinta no Muro), e LOWS (de falows, cumprimento de sair fora, despedida rápida), ambas crews da Cidade de Tiradentes, extremo leste da cidade de São Paulo. Alguns amigos da OTM também são da Lows, riscamos juntos e trocamos muitas ideias e experiências em torno do grafite e nossas realidades. Faço também Os cara de Casa, crew de Santo André, (no grande ABC), pintamos personagens que no lugar da cabeça colocamos uma casa, brincando com o sentido, de ser um cara de casa quando se está a vontade naquele local, e de rosto de casa mesmo, literalmente, cara de casa. Tem também a Down Town Problems, crew nova de uns amigos do centro da cidade que fazem mais letras, e arregaçam. Satisfação máxima pra mim jogar em todos esses times citados acima!

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Vila Flávia, São Paulo

AAR – Você já tem uns 13 anos de estrada?

Quinho. Por ai! Quando mais novo, parei algumas vezes para trabalhar com outras coisas, na busca de ganhar dinheiro e ajudar em casa, mas graças aos amigos que admiro e me incentivaram e incentivam até hoje, sempre retornei ao grafite. Nunca consegui trabalhar por muito tempo, nem ganhar dinheiro, então percebi que ajudo muito mais fazendo o que realmente gosto, do que procurando outros caminhos que não sejam da arte.

AAR – Qual o significado do grafite para você?

Quinho – O grafite é minha escola de vida, dele estudo de tudo. Meu primeiro grafite foi em 97 na esquina da minha rua, com amigos de lá que nunca mais pintaram. Só utilizei rolinho. Eu não tinha dinheiro pra comprar spray. Fazendo as contas aí, acho que dá mais de 13 anos.

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Quinho e Dose, Salvador

AAR – Quais são os locais que você já pintou em São Paulo?

Quinho – Gosto de pintar nos bairros. A gente troca muita figurinha com outros grafiteiros, está sempre conversando e a internet facilita muito esse contato. Os convites são feitos entre nós assim: a gente convida pra pintar no nosso bairro e eles convidam pra pintar no bairro dele. E aí, a gente está sempre nessa troca. Claro que tenho alguns trabalhos pelo Centro, mas acontece que se disputa muito espaço. É um local também que muita gente vê. E acaba abrindo também um campo para os diálogos, mas, não troco isso pela vivência de pintar em favelas, interagindo com os moradores das comunidades. Vou embora pro meu bairro e deixo um pouco dele lá, do povo para o povo, dificuldades e leituras semelhantes. Pra mim, esse é o melhor retorno.

AAR – São Paulo tem muitos grafites. Eu quando vou por lá, tenho que percorrer muitos lugares garimpando intervenções artísticas…

Quinho – Além dos grafites, existem muitos riscos. A cidade é uma referência mundial no grafite, mas sinto que isso é muito novo, parte de um processo inicial ainda. Acho que é muito difícil discutir, reunir grupos pra ter um parecer do que é essa cena em São Paulo. É muito difícil eles fazerem uma leitura adequada. É muito complicado. Na humilde, sem menosprezar ninguém, os melhores grafites estão no gueto. Circuito artístico é muito fácil, principalmente pra quem não garimpa. Se você quer conhecer o grafite de São Paulo, mapeie escritores de todas as zonas, leste, oeste, norte, sul… Procure conhecer outros escritores através do seu contato, visite as favelas, os prédios abandonados… assim, você vai mergulhar em outra camada do grafite.

AAR – Fora de São Paulo, em que cidade você já pintou?

Quinho – Aqui na Bahia foi por onde eu mais caminhei e aprendi muito com a cena local.

AAR – Você pode citar alguns onde foram feitos?

Quinho – Salvador, Ilhéus, Itacaré, Canavieiras, Camamu, Ipiaú. São José dos Campos, interior de São Paulo, Rio Grande do Sul, Brasília e Rio de Janeiro. Inclusive fui com Flops, que é daqui de Salvador, reside no bairro de Caixa D’água. Ele morava comigo em São Paulo, e me chamou pra pintar no Rio, onde uma tia dele nos abrigou.

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Quinho, Nick e Kajaman, no bairro 2 de JUlho, Salvador

AAR – Flops tem trabalhos muito bons!

Quinho – Pô! Ele é um irmão. Entrou pra minha família. Ele me toma a benção (risos). Eu ensinei coisas de mãe pra esse sacana. Por isso, peço que me tome a benção e, às vezes me chame de mainha (risos). Os caras se divertem!… Quando ele foi pra lá, nós moramos juntos na companhia de um amigo de Ilhéus. Com a gente ele aprendeu a lavar louça, roupa, cozinhar. Hoje ele já se vira bem sozinho (risos).

AAR – Você veio a Salvador como convidado do Graffiti Festival/Bahia de Todas as Cores – BTC?

Quinho – Sim. Aproveitei também essa vinda pra rever vários amigos. E decidi estender a minha presença pra realizar alguns trabalhos também. Você conhece Fael? Foi por um convite que ele me fez que estou aqui até agora.

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Grafite de Quinho, com interação de Limpo, no muro da Codeba, Salvador

AAR – Conheço Fael 1º da Crew 071. A respeito da sua participação, você fez um belíssimo trabalho no muro da Codeba. O observador fica impressionado com a criação do artista, como no seu caso. Eu tentei interpretar a sua pintura, que tem um personagem em destaque, bem vestido ao lado do filho, espremendo um carro de brinquedo, enquanto pedaços caem sobre criancinhas pobres de bocas abertas. Imaginei: são as migalhas! Esse é o título que vou escolher para publicar o post no meu blog. Eu fiz a leitura correta?

Quinho – Pô! É isso aí mesmo! (Risos). Eu também imaginei as crianças de bocas abertas esperando qualquer migalhinha. Mas, enquanto vou desenhando, são muitos sentidos que vejo ali. Quando mais se observa, mais vai se aprofundando. São muitos contrastes. Cada detalhe conta uma coisa diferente. E aí, tem essa coisa do cuidado com o menino que está ali com uma bombinha de gasolina na boca, como se fosse um toddynho. Espremido na mão do adulto, não é um carrinho de brinquedo, mas, um micro-ônibus do transporte público. Deixo vários caminhos pra ficar solto, provocando pra cada um que pegar a leitura faça a sua interpretação.

AAR – Então, essa é sua intenção?

Quinho – A intenção dos meus trabalhos é provocar e forçar uma leitura, quem vai achar o significado é quem quer buscá-lo. Faço desenhos que transitam e se misturam entre o real e o imaginário, sempre comunicando algo com mais de um sentido, abordo questões sociais e psicológicas.

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Ladeira da Independência, Salvador

AAR – Encontrei também grafites seus com cães. É um tema que você gosta de explorar?

Quinho – Eu gosto de associar os cães com as pessoas. É o animal mais próximo do homem, é o animal que anda muito pela rua, decora caminhos, marca espaços com a sua urina, assim como nós marcamos com as tags. Então, tem essa coisa de conhecer a rua. Temos que ter o máximo de respeito pelos cães. Tem muitos cães na rua e não é por culpa deles. E se você ficar observando demais os cães, com certeza tem muito pano pra manga (risos). Porque eles têm muitas coisas neles, expressam-se muito bem, entendem-se, sacam-se. O cão é um animal muito sagaz. Bode (Márcio), poeta e ativista da Chácara Santo Antônio, me informou que fizeram um levantamento aqui em Salvador e identificaram a existência de mais de 80 mil cães na rua. O resultado dessa pesquisa me inspirou mais ainda a pintá-los por aí

AAR — Qual a sua opinião sobre a cena urbana em Salvador?

Quinho – Arte urbana pra mim engloba muita coisa além do grafite e da pichação. Englobam as pessoas que fazem todo tipo de arte o tempo todo na rua, o salão do cabelereiro, a baiana do acarajé, as estruturas e arquiteturas da cidade. Salvador é uma cidade de altos contrastes, pobres pra um lado, ricos pro outro, além de ser uma cidade muito rica culturalmente e historicamente, entretanto, não sinto as coisas muito integradas aqui, os conflitos são muito visíveis.

AAR – Que diferenças você nota entre a cena local e a paulistana?

Quinho – É difícil de comparar e nem gosto de fazê-lo. Acredito que cada cidade (principalmente as capitais) tem suas características próprias que acabam criando involuntariamente uma identidade local por força da ação e repetição das atividades na rua. Acho as cidades de São Paulo e Salvador muito sujas. Enquanto Salvador é muito quente, São Paulo é bastante frio. Observei que a pichação daqui é rápida, já a de São Paulo é bem diagramada. O picho daqui é valorizado pela extensão e a de lá pela altura. Aqui não se divide o espaço, enquanto que lá se você deixar um espaço vai ter gente encaixando… Outro detalhe: o número de pessoas que pintam em São Paulo é bem maior também, mas isso não assemelha qualidade com quantidade, assim como acontece aqui. A cena é feita de dedicação, atitude e criatividade. Aqui, como em São Paulo, tem muito lugar na rua pra ser explorado, não curto ver o pessoal disputando espaço, gosto de ver coisas novas nas ruas, isso me inspira a garimpar outros espaços.

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Ladeira da Preguiça, Salvador

AAR – Em Salvador o artista, mesmo de fora, sente-se mais à vontade, livre, sem abordagens para pintar?

Quinho – Acho que as abordagens e os riscos são os mesmos em qualquer lugar e não noto diferença nisso. Quando pinto, sinto-me livre. E, independente do local, gosto de interagir, trocar ideias, sempre quero conhecer um pouco mais do local. Além do muro onde estou pintando, isso me faz ter bagagem e entender melhor as condições e anseios de quem vive ali.

AAR – Falando sobre abordagens, algum fato pitoresco na sua trajetória pelas ruas das cidades?

Quinho – Orra! Tem bastante coisa! Vou lembrar-me de algumas: em São Paulo, eu e o Credo pintando o dia todo com fome, na surpresa ganhamos grana pra pizza e cerveja. Imagine! Teve um policial que deu carona pra mim e pro Iconek porque curtiu nosso trampo e viu o peso das mochilas. No Rio de Janeiro, policiais nos abordaram pedindo educadamente pra pararmos o trampo por causa de denúncia, mas pediram o endereço do Facebook da galera, a fim de manter contato pra pintar o muro da casa deles. Também já tive que fugir da pintura de um muro autorizado porque a pessoa não gostou do trampo. Aqui em Salvador, por exemplo, tenho que me esquivar pra fugir dos pedidos para desenhar símbolos que representam as facções, e negar agrados ilícitos. Às vezes alguns cães me acompanham pelas ruas. Até brinco com eles querendo saber se entenderam o grafite de um cachorro, como a representação de um deles. Além disso, gosto de estar no rolê com os cães! (Risos).

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Bairro-São João do Cabrito, Subúrbio de Salvador

AAR – Qual a mensagem você quer deixar?

Quinho – Pôxa! Acho muito importante estudar, empenhar, dedicar-se pra conhecer e pra quem busca conhecer. A gente conhece muito pouco do que tem pra conhecer. Refiro-me a nos como seres humanos. Temos que acreditar nos nossos sonhos mesmo, e estar aberto pras mudanças. Estamos vivendo numa época que não é seguro criar expectativas. Pés no chão, essa é a pegada! Não deixar as coisas nem pessoas negativas atrapalharem o objetivo. É isso!

Contatos do artista: www.quinhoqnh.tumblr.com, www.facebook.com/quinhofonseca, instagram @quinhoqnh

(Fotos: byJFParanaguá e byQNH. Denuncie abusos. Direitos reservados).

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