A imagem de uma rotina historicamente comum na maioria das cidades do sertão baiano foi eternizada em um dos muros que compõem as dependências da Unidade Regional de Irecê: sertanejas usando latas e baldes para ter acesso à água, enfrentando o sol escaldante do sertão. A arte, feita em grafite, agora faz parte da fachada lateral do auditório da unidade.
Munidos de pincéis, tintas látex e sprays, os artistas do projeto Intervenções Urbanas, patrocinado pela Fundação Nacional de Artes (Funart), terminaram o trabalho em menos de quatro horas.
“Esta é a culminância do projeto, que ofereceu oficinas de artes para jovens e adolescentes de escolas públicas da cidade”, disse Sólon Barreto, coordenador do projeto.“Cada vez que eu vejo esta imagem, me vêem algumas reflexões: penso que hoje, esta não é a realidade da cidade de Irecê, mas já foi no passado. Porém, ainda existem lugares em que a tão sonhada universalização ainda não chegou”, analisou Jailson Silva, assistente administrativo da UNI.
Lata D’água na Cabeça
Remeter-se à dificuldade do acesso à água é muito comum quando se refere ao sertão brasileiro, porém, essa realidade vem mudando. Através do Programa Água para Todos, a água canalizada está rompendo barreiras e trazendo qualidade de vida para o sertanejo que vive nas mais remotas localidades da Bahia.
Texto e fotos de autoria da jornalista Patrícia Araújo.
Massa! Bonito demais!