O interesse pela arte de fotografar com mais qualidade surgiu a partir da necessidade de obter maior conhecimento sobre o assunto. Inicialmente fiz um curso por correspondência, inclusive dividindo as despesas com uma colega da Embasa. Também li algumas publicações técnicas. Entre 1980 a 1983, período que estive na Assessoria de Imprensa da Secretaria de Recursos Hídricos e Habitação, ganhei mais experiência, acompanhando profissionais de renome durante as viagens para documentar obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Embasa. Essa convivência foi muito importante. Eles me deram várias dicas de como usar o equipamento corretamente, aplicação de regras, além das técnicas para fotos aéreas. Com o saudoso amigo e colega Oduvaldo, carinhosamente chamado de Almirante, também aproveitei os ensinamentos sobre revelação em P&B. Não posso deixar de citar o aprendizado com outras figuras que considero importantes como: Geraldo Athayde, Antônio Queirós, Jan Filmes, a amiga “Dhuga” Margarida Neide, entre outros.
Entre 1983 a 1987, como colaborador da Coluna Asa Delta, do Jornal A Tarde, capitaneada pelo jornalista Carlos Alberto Reis, tive a oportunidade de circular mais pela cidade nas coberturas dos eventos sociais. Passei a observar as diversas inscrições em formas de pichações já existentes nos muros, balaustradas e paredes das residências. As mensagens eram assinadas através de pseudônimos. Usavam o grafismo para fazer protestos, sátiras e, também, humor, a exemplo de: “Madame Mim”, “Mancha” e “Faustino”. A partir daí, nasceu a idéia de fotografar todas e quaisquer intervenções urbanas, percorrendo vários pontos da cidade na busca dos trabalhos executados nas ruas por personagens anônimos, pichadores, artistas plásticos e grafiteiros.