Foi muito enriquecedor o bate-papo realizado recentemente com a professora aposentada Antonietta d’Aguiar Nunes, graduada em História pela Ufba, com passagem pelo Arquivo Público do Estado como historiógrafa e autora dos livros “História Baiana dos Tempos Pré-Históricos ao Brasil Reino e História da Bahia Monárquica”, lançados em 2017 e 2018, respectivamente.
Durante a nossa conversa, que versou sobre vários assuntos, ela contou sobre a temática da intervenção artística realizada pelo grafiteiro soteropolitano Marcos Costa, na parede lateral de sua casa, considerada “uma casa fortificada e histórica”, localizada no final da Ladeira do Gabriel, via que interliga o Largo 2 de Julho ao Comércio.
Conforme explicou Nunes, “a pintura exposta em toda extensão da lateral do imóvel, retrata os três principais grupos que formaram a miscigenação brasileira: no início, os índios, a natureza, porque eram os verdadeiros donos da terra; depois, no meio, os europeus que vieram colonizar e; por fim, os negros que vieram escravizados sem vontade própria, mas foi quem construiu esse país!”. E continua: “Pedi ao Marcos Costa que os negros fossem representados pela capoeira, baiana de acarajés e as danças…
Eu achei muito bacana o trabalho realizado por ele!”, disse sorrindo.
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